sábado, 24 de março de 2012

Jornal do Comércio posta artigo tendencioso

No site do Jornal do Comercio, artigo tendencioso é postado com o título: Recife não pode parar o progresso.


Esse artigo foi claramente uma resposta a audiência pública que aconteceu no dia 22/03 sobre o Projeto Novo Recife. link:  http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/voz-do-leitor/envie-sua-contribuicao/noticia/2012/03/23/recife-nao-pode-barrar-o-progresso-36853.php 

O Projeto consiste na construção de aproximadamente 14 prédios de cerca de 33 andares no Cais de José Estelita. Um grupo articulado de cidadãos indignados com essa proposta se mobiliza pela internet para combater este projeto.

No dia 24/04 será realizada uma reunião para determinarmos as ações e tomar medidas junto com o Ministério Público.

Resposta ao artigo postado no JC online:

Existem outras formas do estado se desenvolver, respeitando a cultura e o meio ambiente, gerando benefícios para empresas e para toda a população" Caros amigos, a opinião de especialistas, professores e promotores que falam que o projeto imobiliário do Cais José Estelita não pode ser realizado não quer dizer que eles são contra o progresso ou que eles desejam que esta área continue dessa forma, inutilizada. A questão é que esse projeto irá gerar um impacto social e ambiental. Porque social? por que nem pessoas de classe-média terá condições de morar em residenciais como os do projeto, nem trará um uso democrático para a área, e por que ambiental? por que pernambuco não pode seguir o modelo de desenvolvimento das "metropoles" europeias que por sinal já sofreram bastante com a urbanização sem planejamento que começou desde a revolução industrial, já colheram os frutos(maus) e já estão mudando de perspectiva. A Europa para chegar ao nível que estar passou por muitos processos que geraram muitos impactos negativos, sem falar o tempo que foi esse processo. O Brasil quer chegar a este nível a todo vapor, em um período curto, passando por cima de tudo. Desejando imitar, seguir um modelo que trará graves problemas como: mais veículos causando transtornos, mais verticalização gerando ilhas de calor, devido a barreira de concreto. Vocês sabem qual o principal motivo de tanta chuva e transtorno em São Paulo? ilhas de calor, gerados pela falta de planejamento urbano: muitos prédios, muito concreto fazendo com que a sensação térmica local aumente (porém vocês ricos, não percebem pois estão em seus carros com ar-condicionado e depois em seus escritórios com ar-condicionados) O que queremos? queremos nos tornarmos uma cidade como São Paulo? onde mesmo com sistema ferroviário melhor que o nosso sofre com o rodízio de veículos? Você mesmo disse!(autor do outro artigo: "Recife não pode barrar o progresso") tanta área esquecida.. e por que não restaurar essas áreas? preservando a cultura, a nossa raiz, Queremos um projeto que realmente valorize a área, que não precise de prédios tão altos (Pessoal de uma altura como o terraço do paço alfandega já tem uma vista linda, imagine ali, não precisa ter 40 andares para atrair turistas) imagine aquela linha férrea recuperada, funcionando? para isso claro que deve expandir reformando as outras estações, estimulando de verdade que as pessoas utilizem o trem, para isso reformaria massivamente as estações, faria linhas suspensas( ja que não podem construir em baixo da terra) trens modernos e com a expansão dessas linhas para outros bairros, o problema é que pra isso teriam que melhorar bastante o entorno dessas estações por que o estado nao quer mostrar para os turistas a situação dos bairros que são proximos a estas estações atuais) Não sou contra a abertura das vias, ao uso do local, sou contra ao projeto que claramente beneficia a 1% da população e que deseja atrair 1 % dos turistas( de alto padrão, turista que vem pra ver o shopping, pra ver concreto) Um projeto de menos impacto traria muitos mais turistas que estão realmente procurando a cultura, a preservação, turistas que procuram exemplos de bons projetos. Aquela área poderia usar os armazéns e neles fazer como fez no paço alfândega, ao lado prédios menores, a linha reaproveitada e daí se estimularia uma verdadeira reforma no setor ferroviário para estimular de verdade que as pessoas da classe média e alta utilizem o transporte público, melhorando a mobilidade na região metropolitana! passar 2 horas no trânsito! isso sim é ser retrógrado! estimular o uso de carro, isso é retrógrado! onde na europa o metro/trem é o principal transporte, construir prédios altos, desejando virar uma DUBAI, ou UM NEW YORK, isso sim é retrógrado, pois deveríamos estimular manter a nossa identidade! é só procurar no google as palavras Veneza itália e você vai ver o que é manter a identidade nós queremos acabar com o título de a Veneza brasileira. As pessoas que são contra ao projeto não estão a favor do abandono da área e sim por um projeto que verdadeiramente valorize a nossa identidade com poucos impactos socioculturais e ambientais.